quarta-feira, 19 de março de 2008

MISTÉRIO DA CRUCIFICAÇÃO DE CRISTO



João 19। 16-30


A crucificação pode ser vista de dois pontos humano e divino:

1. SITUAÇÃO DA CRUCIFICAÇÃO - PONTO DE VISTA HUMANO
Podemos dizer que o Senhor Jesus foi condenado a sofrer e a morrer por causa da Sua lealdade à Sua consciência de ser Ele o Filho de Deus, o Messias.
Já na idade de doze anos, tinha consciência disso.
Lucas 2.49 - E ele lhes disse: Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?
A narrativa do Evangelho não deixa dúvida que Jesus sabia quem Ele era.
Mateus 16.16-17 - 16 E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. 17 E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus.

O Sumo Sacerdote pergunto-lhe, sob juramento, se era o Filho de Deus, Jesus selou Sua própria sorte respondendo afirmativamente.
Mateus 26.62, 63 e 64 - 62 E, levantando-se o sumo sacerdote, disse-lhe: Não respondes coisa alguma ao que estes depõem contra ti? 63 Jesus, porém, guardava silêncio. E, insistindo o sumo sacerdote, disse-lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus. 64 Disse-lhe Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu.

2. SITUAÇÃO DA CRUCIFICAÇÃO - PONTO DE VISTA DIVINO
No meio dos angustiosos detalhes dos interrogatórios e da crucificação, porém, não devemos perder de vista a verdade de que este evento fazia parte do plano de Deus para a redenção.
Judas O traiu, Pedro O negou, os apóstolos abandonaram-nO, o Sinédrio condenou-O, Pilatos pronunciou a Sua sentença, os soldados romanos crucificaram-nO, os líderes zombaram dEle.
No momento em que Cristo estava dando a sua vida pelos discípulos, pela multidão que o seguia, por todas as nações, por nós aqui. Ele se viu sozinho.

Mas Deus, que vê o fim desde o início, já providenciara todos estes detalhes, colocando-os no Seu plano de redenção.
Atos 2. 23 A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos;

I. AGONIA DE CRISTO (19. 16,17)
O lugar da crucificação era a colina chamada Gólgota (“Calvário”), nome siginifica “lugar do crãnio”, por ser redonda e lisa. Situava-se fora dos limites da cidade (Hb 13.11-13). Era um lugar para execuções.
Quando Jesus chegou algumas mulheres benevolentes ofereceram bebida, vinagre, que poderia aliviar a dor da crucificação, mas Ele não aceitou. Seus ultimo ato foi recusar meios de escapar à dor.

Mas os sofrimentos de Cristo, não estão pautados somente nos sofrimentos físicos da cruz, como vimos em filmes, despertando compaixão meramente por Cristo. Mas seus maiores sofrimentos eram mentais e espirituais.

II. A HUMILHAÇÃO DE CRISTO (19.18-24)

1º Ato de Humilhação – Jesus no meio de Dois ladrões
O crucificaram entre dois ladrões, Jesus no meio e um de cada lado, A posição de nosso Senhor no meio parece ter sido uma deliberada tentava de humilha-lO.
Sua posição no meio de dois ladrões, apenas ilustrava o Seu ministério; enquanto vivia, era o “Amigo dos pecadores”; na morte, estava lá no meio deles. E ainda aproveitou para salvar um destes dois antes de morrer (Lc. 23.39-43).

2º Ato de Humilhação – “Jesus Nazareno, O Rei dos Judeus”
A inscrição problemática, os Judeus tinham razão em se queixar de que esta era um proclamação e não uma acusação.

Segundo os judeus Pilatos deveria ter escrito “Jesus Nazareno, que alega ser o Rei dos Judeus”, mas Pilatos respondeu, diante da queixa dos Judeus. O que escrevi, escrevi, porque a lei proibia a alteração da inscrição de acusação, uma vez colocada.

Se Pilatos soubessem o plano de Deus teria respondido: Eu escrevi, Deus escreveu”.

3º Ato de Humilhação – As vestes repartidas
Os soldados, tomaram as vestes de Jesus e fizeram quatro partes, para cada soldado uma parte. Deixando Jesus, sem roupas, na frente da multidão de zomabadores. A túnica era sem costura, toda tecida do alto a baixo. Disseram pois uns aos outros, não rasguemos mas lancemos sorte, cumprindo a palavra de Deus, conforme escrito em Salmos 22.18.

Parecia tudo humilhante mas seu significado e propósito.

III. A COMPAIXÃO DE CRISTO (19.25-27)

E vendo Jesus, Maria, sua mãe, e junto a ela o o discípulo amado (João), disse: Mulher, eis aí teu filho”. Dessa hora em diante o discípulo a tomou para casa”. Por que não a entregou aos cuidados dos próprios filhos, irmãos de Jesus? Ainda não eram crentes, e falta de entendimento teria amargurado talvez, os dias finais de Maria.
João tinha condições de oferecer um lar confortável e independente a Maria, e só ele saberia preencher a vaga deixada no coração dela. Sendo quase como um retrato de Jesus.

IV. O TRIUNFO DE CRISTO (19.28-30)

A morte de Jesus foi triunfo sobre o pecado, a morte e o diabo.
Cumpriu-se a Escrituras.
Cumpriu-se todos os sofrimentos, Jesus disse está consumado! Estava cumprida toda a obra de Jesus na terra, inclusive a redenção da humanidade.
Isto significa que:
(1) Que todos os tipos de profecias tinham recebido nEle o seu pleno cumprimento.
(2) Que estava completa a obra que Jesus veio realizar.
(3) Que Jesus, na cruz, completou a revelação de Deus que veio oferecer a este mundo.
“Inclinando a cabeça, rendeu o espírito”

ENSINAMENTOS PRÁTICOS
Jesus sofrendo em agonia, mesmo assim ainda se preocupou com o ladrão, com a sua mãe.
Quando Jesus demonstrou sede, vemos que o Salvador ainda tinha sede pela obediência e da fidelidade dos homens.
Cristo morreu pelos nossos pecados, Deus preparou um meio pela qual nós podemos remover a culpa pelos nossos pecados. Temos que fazer com que esta verdade possa ser vivenciada por nós, mediante a fé.
A Cruz demonstra o amor de Deus, o amor de tal maneira, que enfrentou o maligno no território que era considerado dele, mas venceu em nosso lugar, nos dando a vida eterna.
Por isso que estamos aqui para celebrarmos a sua morte, mas principalmente a sua ressurreição.

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